À primeira vista a capa da edição de fevereiro da ELLE Brasil (zzzZzZZzzz...) é bem bacana. Mas aí, se você é do tipo de vagaba que há aaanos para de banca em banca pra analisar a cara das revistas brasileiras, daí a coisa muda um pouquinho. Eu achei vários errinhos, que num segundo momento me deram birra da capa. Mas pra não cansar ninguém com minhas nerdices de revisteiro, vão aí só sete mesmo. A saber:
1) Uau! "Lições de estilo com Alaïa"! Como revista de moda nenhuma pensou nisso antes??
2) "O lado chic da moda 70's". Olha, eu não vejo nada mais inovador desde que até a Capricho publicou matéria igual em 1993.
3) "As páginas bem humoradas da internet". Porque, né?, você usuária de internet, tem que comprar uma revista, de papel, pra descobrir o que tem de site de humor na web; genial!, mais século XXI impossível.
4) "Você é o que você compra -- Descubra qual o seu estilo de consumidora". Sério ELLE? Sério?
5) (a melhor pra mim) Chamada principal: "As peças mais quentes do inverno já estão nas lojas, se jogue!". Ê Brasil-colônia do meu coração... Digo do coração do povo do jornalismo de moda brasileira. Gente, a porra do país é verão quase o ano todo, a gente tá quase andando pelado na rua pra sobreviver e nega maluca me vem querer falar de inverno junto com as publicações de cima do Equador, oi??
6) Aline Weber. De novo. Eu adoro a Aline, acho que da safra dela é uma das poucas modelos que a gente inclusive reconhece só de bater o olho. Mas, porra, toda hora na capa, a ELLE parece que tem um contrato com um grupinho de 5 modelos que vão se revezando nas edições, é a coisa mais entediante do mundo. Moda com cara de repartição pública.
7) Pra arrematar, Aline Weber, de novo, mas dessa vez sem mão direita. Maravilha.
Deixei de fora a aflição que me dá esse cambito, que aparentemente é a perna da Aline. Tentando entender em que posição tá a outra perna (e como essa pobre se mantém de pé).
Visualmente, até que a ELLE Br deu uma melhorada nos últimos seis meses, é preciso reconhecer. Mas é sempre mais do mesmo, não há nada de inovador ou de transgressor ou de inspirador. E, desculpa, mas se não inova, transgride nem inspira, pra mim não é moda. O que é, não faço ideia. E acho que o máximo que consegue é entediar.
Next.
P.S.: Será que tá tão difícil assim criar moda que marque a nossa época? Vai ser sempre essa coisa de usar 50's, 60's, 70's, 80's e 90's? A moda vai seguir vivendo de passado até quando?
Update em 31/01/13: E não é que a ELLE já tinha cortado a mão da moça uma outra vez? =P